Policiais militares da Companhia de Policiamento Especializado (CPE), e Batalhão Rural de Anápolis conseguiram localizar e prender um homem de 59 anos, por suspeita de ser o autor de um assassinato ocorrido durante a noite de sábado (14), para domingo (15). O crime aconteceu um condomínio localizado nas proximidades do lago de Serra da Mesa – zona rural do município de Niquelândia – e teve como vítima, um homem de 51 anos.

A Polícia Militar de Niquelândia relatou que era por volta das 3:30, quando a Companhia Independente foi acionada por uma mulher que se identificou como juíza. Ela teria entrado em contato com os policiais porque seu marido havia desaparecido. Quando os policiais chegaram no condomínio Pouso Alegre, depararam com Fábio Sabino de Sousa de 51 anos, ferido por disparos de arma de fogo e sem sinais vitais.

Ao deslocarem até a residência, a mulher que acionou a Polícia Militar teria se apresentado como juíza, e disse acreditar que seu marido havia se envolvido em uma discussão, que teria ouvido um disparo com arma de fogo, e que achava que ele estava envolvido naquela briga, e que ele teria possivelmente evadido do local. Diante dos relatos da mulher, os policiais acionaram a Polícia Científica, para tomarem as providências.

Os policiais verificaram nas câmeras de vigilância da entrada do condomínio, e constatou que o marido da juíza havia deixado o local, acompanhado de seu filho. Por serem residentes em Anápolis, os policiais de Niquelândia entraram em contato com a Polícia Militar daquela cidade, e durante patrulhamentos na manhã deste domingo, uma equipe da CPE conseguiu abordar um veículo em que o filho da juíza estava.

Ao ser questionado a respeito do crime, ele disse que estava com o seu pai em Niquelândia, e estando eles no interior da residência, a mesma teria sido invadida por Fábio Sabino, e que naquele momento o seu pai teria efetuado um disparo com uma arma de fogo contra Fábio. Posteriormente, um segundo carro foi abordado, e em seu interior estava o esposo da juíza eleitoral e da vara criminal de Anápolis.

O homem confirmou a autoria do crime, e disse que reagiu à invasão de Fábio para proteger uma criança de 9 anos. Diante do exposto, os policiais do Batalhão Rural e CPE conduziram o pai e o filho para a delegacia de Polícia Civil de Niquelândia para as providências. O filho do suposto autor do disparo que matou Fábio foi conduzido nas condições de testemunha dos fatos, uma vez que o mesmo disse estar com o pai na hora do ocorrido.

Até o momento da publicação desta reportagem, nossa redação não havia conseguido contato com a defesa do preso para manifestação a respeito dos fatos. Nas redes sociais, parentes de Fábio relataram que o homem estava no lugar errado, na hora errada, e que, por estar embriagado ele provavelmente entrou na propriedade onde a família da juíza estava.

Em outro comentário, um familiar disse que espera que a justiça não finja que não veja com essa ocorrência. Que Fábio errou ao entrar naquela propriedade, porém, ele não estava armado e não oferecia nenhum risco para aquela família. A familiar levantou o seguinte questionamento.

“Se eles (o pai e o filho) alegam legitima defesa porque o Fábio invadiu aquela residência, por que que ele não deteve o Fábio e acionou a polícia? Pelo contrário, atirou nele, tirou o corpo do local e fugiram. Quem age em legítima defesa espera no local e assume o que fez”, disse nos comentários da publicação do Instagram.