Técnico de enfermagem com HIV suspeito de estuprar pacientes no PR é preso
Segundo polícia, homem trabalhava em unidade da Cidade Industrial. Vítimas estavam sedadas durante abusos, conforme delegada. Prefeitura disse que homem foi demitido. Técnico não tem defesa constituída.
O técnico de enfermagem Wesley da Silva Ferreira, de 25 anos, foi preso pela Polícia Civil (PC-PR) suspeito de abusar sexualmente de pacientes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Industrial de Curitiba (CIC). A prisão foi na terça-feira (29). Em alguns casos, as vítimas estavam totalmente inconscientes, conforme a investigação. Segundo a delegada Aline Manzatto, a polícia descobriu os atos de Wesley após o namorado dele ver gravações dos abusos armazenadas no celular do suspeito. O técnico ainda não tem defesa constituída.
Em uma das imagens, Wesley vai até a cama de um paciente, sobe o lençol e começa a tocar nas partes íntimas da vítima, um homem que estava internado na UPA. A RPC tiveram acesso às imagens, mas optaram por não as divulgar em respeito às vítimas. A delegada Aline disse que os pacientes abusados estavam sedados. Para a polícia, o suspeito disse ter o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), afirmou fazer tratamento desde 2019, falou saber que a doença é transmissível e, mesmo assim, admitiu que assumiu o risco ao cometer os abusos.
"Todos eles estavam em estado de sedação, alguns totalmente inconscientes e outros ainda se mexiam um pouco. Mas dá para ver que eles não tinham nenhuma reação relacionada a tentar impedir aquele ato. Eles não tinham condições de impedir.
Além da prisão, o homem também foi alvo de buscas na casa onde mora. Lá, a polícia localizou medicamentos desviados de outros hospitais, entre eles, um analgésico forte que pode ser usado como entorpecente. Em nota, a Prefeitura de Curitiba, que administra a UPA, disse que este é um caso de polícia, afirmou que Wesley foi demitido e que coopera integralmente com as investigações. Destacou, também, que o técnico foi admitido por processo seletivo em novembro de 2023 e atuava no plantão noturno. Ainda segundo a nota, não há registro de denúncias anteriores contra o servidor.
"Neste mesmo sentido, analisa a necessidade de mudança de processos de trabalho para evitar a ação de criminosos [...] Além disso, haverá comunicação ao Conselho Regional de Enfermagem a cerca da conduta do profissional, que atua em outros locais também", finaliza a nota.
Wesley também trabalha no Hospital Pequeno Príncipe, que ainda não foi acionado formalmente segundo a instituição, mas se pronunciou por meio de nota.
"Ele não tem registro de queixas em relação a sua conduta na instituição, seja reclamação no Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) ou advertência do Setor de Recursos Humanos. O Pequeno Príncipe ainda não foi acionado formalmente, mas está levantando todas as informações para colaborar com as investigações e tomar as medidas necessárias", disse.
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